Toda ansiedade é patológica?

Todos nós, em um determinado momento da vida, já tivermos uma experiência emocional chamada Ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.

Precisamos ficar atentos para identificar os sintomas de um possível transtorno, mas também entender que nem toda ansiedade é patológica.

A ansiedade “natural” pode ser identificada antes de algo que  esperamos acontecer, como por exemplo: uma viagem, uma prova, um exame de auto escola, apresentação de trabalho, apresentação em público, o primeiro encontro com alguém especial, um presente que irá receber, um filme que sairá em cartaz, entre outros diversos momentos. Mesmo que sejam eventos importantes, sentir ansiedade não necessariamente quer dizer que você vá ficar paralisado perante essas situações ou que vá ter uma crise ansiosa com sinais mais recorrentes e graves.

Alguns sintomas que normalmente ocorrem quando sentimos ansiedade mais intensa são: taquicardia, tremores, sudorese, insônia, falta de ar, tontura, medo, insegurança, entre outros. Esses sintomas precisam ser observados pois podem indicar algo patológico, quando ocorrem diariamente há alguns meses, lhe impedindo de executar atividades do dia a dia por estar em sofrimento.

Ao identificar essa intensidade nos sintomas ansiosos, existem algumas intervenções que podem ser realizadas imediatamente, por parte do paciente, para que essa ansiedade possa ser controlada: procure realizar atividades físicas diariamente por pelo menos 40 minutos, ocupe-se com atividades que lhe dão prazer nas suas horas vagas como ouvir música ou fazer artesanatos. Se sentir que terá uma crise, procure um local tranquilo em que possa sentar por alguns minutos para respirar e inspirar profundamente e lentamente, fazendo com que seu cérebro entenda que vai ficar tudo bem.

Não deixe de procurar ajuda de uma profissional para iniciar um acompanhamento psicológico, um psicólogo estará preparado para te acompanhar na identificação das suas maiores dificuldades, entendendo o porquê elas ocorrem e desenvolvendo juntos estratégias de tratamento.

Autora: Psicóloga Clínica Manuella C. Correia de Assis - CRP 08/22309