O uso de alguma e qualquer substância química não caracteriza sua dependência em si, mas sim quando um indivíduo possui dificuldade em diminuir ou parar com o consumo por vontade própria, sem que haja interferência medicamentosa ou de algum profissional da saúde.
A partir do momento que o individuo sofre alterações fisiológicas ao entrar em abstinência, é caracterizado como um ser dependente dessa substância e um dos traços mais clássicos que evidencia essa característica são os comportamentos desviantes e as chamadas “fissuras”, que se dá pelo desejo incontrolável de consumir a droga.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, considera-se dependente de uma droga a pessoa que apresenta três ou mais das seguintes manifestações:
· Forte desejo de consumir a droga;
·Dificuldade de controlar o consumo (por exemplo, quanto à hora em que começa ou para de fazê-lo, quanto à quantidade etc.);
·Utilização persistente da droga apesar das suas consequências prejudiciais;
·Maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades ou obrigações;
·Aumento da tolerância à droga (necessidade de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito);
·Síndrome de abstinência (sintomas corporais como dores, tremores ou outros, que ocorrem quando o consumo da droga é interrompido ou diminuído).
Contudo, existem algumas pessoas que consomem substâncias psicoativas nem sempre são dependentes da mesma, porém não significa que não há estragos físicos e psicológicos para o individuo. É necessário que haja um entendimento e uma conscientização de seus efeitos, pois estes incluem consequências biológicas, psicológicas, comportamentais, culturais, sociais, familiares e etc.
Com base em todos esses fatores, é válido afirmar que tanto o dependente como aqueles que não se consideram um, necessitam de uma atenção e uma rede de apoio visando uma melhoria de vida e sua recuperação.
Se você se encaixa dentro desse contexto ou conhece alguém que está passando por dificuldades, procure ajuda de um profissional da saúde e busque tratamento.
Autora: Psicóloga Juraci de Cássia Araújo - CRP 08/16115