A Análise do comportamento e o behaviorismo radical, que é sua teoria, dão ênfase à determinação ambiental. O sujeito na terapia comportamental é um sujeito ativo, na noção de comportamento operante é o ambiente que responde, com referência a que o sujeito adapta-se sucessivamente ao continuar atuando de novo. Se o sujeito é ativo, ele pode aprender formas mais diferenciadas, discriminadas e sutis. (Caballo, 2003)
O Behaviorismo Radical é uma filosofia da Ciência desenvolvida por Skinner. Essa filosofia é uma forma de pensar a Psicologia não como fruto das emoções internas, mas sim das relações do indivíduo com os ambientes interno e externo.
Já a Análise do Comportamento é uma ciência fundamentada na filosofia do Behaviorismo Radical, que diz que o comportamento dos organismos é multideterminado, englobando assim, variáveis decorrentes da história filogenética (que seriam as características presentes na espécie em toda a sua história evolutiva), da história ontogenética (que seria resultante dessa interação organismo-ambiente) e da cultura (que seriam os repertórios de uma determinada cultura).
Tendo em vista que o comportamento para a Análise do Comportamento é multideterminado, o objeto de estudo do analista do comportamento está no nível ontogenético e cultural, já que busca compreender a interação do organismo com o ambiente em sua história individual e cultural. O analista do comportamento acredita que essa interação se dá de modo bidirecional, ou seja, o organismo altera o ambiente e essa alteração retroage sobre esse organismo. Isto quer dizer que o comportamento do sujeito controla o ambiente e vice-versa. A esse comportamento em que o sujeito opera sobre o ambiente chama-se de operante, que é baseado na noção da tríplice contingência, relação de dependência entre os três termos seguintes: estímulo antecedente, resposta e conseqüência.